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Consultor Médico Online

Telemedicina

Telemedicina: quebrando barreiras geográficas

          A telemedicina é a modalidade de atendimento médico que é feita por meio de uma chamada de vídeo, usualmente via internet. O termo telessaúde é mais amplo e, apesar da definição variar de acordo com diferentes sociedades médicas, geralmente é utilizado para designar todo tipo de suporte em saúde que é realizado à distância, como orientações, monitoramentos, exames, etc.

 

          A telemedicina vem sendo pesquisada e aprimorada há anos, porém foi durante a pandemia da COVID-19 que a mesma desabrochou. Antes quase restrita a países desenvolvidos como ferramenta para conexão com locais mais distantes, nos últimos anos essa modalidade de atendimento expandiu e atingiu níveis nunca antes vistos. Para se ter uma ideia, dados do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC) apontaram que ao menos 50% da população brasileira usou um serviço online de saúde em 2021. 

 

          Durante o congresso da American Diabetes Association (ADA), em 2021, que  aconteceu de forma online e que tive a oportunidade de participar, a Dra. Noelia Zork (Columbia University, NY, EUA) apresentou dados de uma metanálise¹ de 32 estudos publicada em 2020, totalizando 5.108 pacientes, que analisou o impacto da telemedicina comparado aos atendimentos presenciais em pacientes gestantes diabéticas (diabetes gestacional, DM2 e DM1) em hemoglobina glicada (HbA1C), controle glicêmico e desfechos obstétricos. O resultado foi favorável às pacientes que foram seguidas por telemedicina, mostrando redução na glicada em -0,7%, menores glicemias antes e 1h após as refeições, levando a melhores desfechos na gestação:

 

  • Menor taxa de cesáreas (Risco relativo 0,82 - ou seja, risco 18% menor);

  • Diminuiu pela metade a incidência de macrossomia (peso maior que 4.000g ao nascer) (Risco relativo 0,49)

  • Menor índice de hipoglicemia neonatal (Risco relativo 0,67 - ou seja, risco 37% menor)

  • Também reduziu pela metade os episódios de pré-eclâmpsia (Risco relativo 0,48).

 

          Como mencionado antes, a modalidade de atendimento já vem sendo utilizada mesmo antes da pandemia em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, um estudo² mostrou que o atendimento por telemedicina para pacientes com diabetes tipo 1 no Alabama resultou em mesmo nível de controle glicêmico, mesma segurança, maior economia aos pacientes, menor tempo gasto (sobretudo em deslocamentos) e maior satisfação total. Outros estudos mostraram impacto parecido no diabetes tipo 2, sendo que um deles mostrou que além da satisfação, houve até redução da hemoglobina glicada em quase 0,5% comparado com o atendimento convencional. Ou seja: a telemedicina é segura e eficaz no acompanhamento dos pacientes, até mesmo em casos de diabetes tipo 1 ou na gestação.

 

          Após diversas evidências apontando para a segurança da modalidade de atendimento, o Conselho Federal de Medicina, em 2022, estabeleceu a resolução nº 2.314/2022, que regulamentou de forma definitiva a telemedicina no Brasil, revogando a resolução anterior (1.643/2002) e adicionando pontos que não eram claros na resolução prévia, além de estabelecer o caráter perene da telemedicina no país. O resultado disso é a exigência de padrões mais rigorosos de segurança e sigilo de informações.

 

          Em suma, a telemedicina é uma modalidade de atendimento segura, altamente resolutiva e eficaz para o seguimento dos pacientes, sobretudo no Diabetes e Endocrinologia, onde a anamnese e os exames complementares são cruciais para o estabelecimento das condutas e avaliação dos resultados das intervenções médicas. Além disso, é uma ferramenta capaz de promover a quebra das barreiras geográficas, possibilitando o acesso a especialistas em centros desprovidos ou mesmo ampliando as possibilidades dos pacientes, ao permitir escolher o(a) médico(a) com o(a) qual se identifica independentemente de seu local de moradia. 

Como funciona o atendimento por telemedicina?

          O nosso atendimento por telemedicina segue estritamente todos os protocolos de segurança. Ao agendar uma teleconsulta, o paciente receberá o link para o acesso à sala de consulta virtual no dia anterior. O acesso à sala deve ocorrer no horário agendado e o tempo de consulta varia de acordo com cada demanda, mas em geral dura em torno de aproximadamente uma hora. Após a finalização da consulta, o paciente receberá todos os documentos pertinentes como receita médica, orientações, pedidos de exames, laudos e atestados por e-mail e/ou whatsApp e também receberá por SMS ou whatsApp um link exclusivo para acessar os documentos no sistema onde são confeccionados e assinados digitalmente. 

          É importante ressaltar que a assinatura digital é válida em todo território nacional e os documentos possuem um código QR para identificação.

 

- Para saber mais detalhes sobre minha forma de atendimento e estabelecimento da relação médico-paciente, clique aqui.

EXPERIÊNCIA DO DR. LUIZ FERNANDO F. VIEIRA NA TELEMEDICINA

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          Desde janeiro de 2021, há 2 anos e meio, integro a equipe de telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Devido ao alto padrão do hospital, atrelado ao meu compromisso com qualidade e segurança, pude aprender e apurar habilidades úteis para o atendimento por telemedicina, começando pela correta identificação do paciente, atentando a pontos chave na história clínica que possam sinalizar a necessidade de um atendimento presencial imediato ou posterior e desenvolvendo técnicas utilizadas para o exame físico por telemedicina. Tal experiência foi capaz de ampliar minha visão sobre o alcance e benefício que a telemedicina pode trazer.

          Nesse período foram, de acordo com o último balanço semestral realizado em junho/23, mais de 1.400 pacientes atendidos pelo pronto atendimento virtual. Em minha experiência particular, também utilizo a telemedicina há mais de 2 anos, com segurança e alta resolutividade.

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QUAIS SISTEMAS SÃO UTILIZADOS PARA O ATENDIMENTO E EMISSÃO DE DOCUMENTOS?

          Para a videochamada, utilizamos em geral o Google Meets ou outra plataforma criptografada caso aconteça alguma intercorrência. Como determinado pela resolução nº 2.314/2022 do CFM, utilizamos prontuário próprio e também com mecanismos de segurança e proteção de dados, da plataforma IClinic ou do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), onde faço parte do corpo clínico e da equipe da Telemedicina. Para a emissão dos documentos com validação digital, utilizamos o sistema Memed ou também o do Hospital Israelita Albert Einstein.

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